quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Entrincheiramento de Uruçumirim


Entrincheiramento de Uruçumirim

O Entrincheiramento de Uruçumirim 
localizava-se no interior da baía de Guanabara
aproximadamente entre a foz do rio Carioca
o atual outeiro da Glória, onde hoje se localiza 
a rua Praia do Flamengo, na cidade e estado 


História
No contexto da tentativa francesa de 
estabelecimento de uma colônia na baía 
da Guanabara, a França Antártica
em Novembro de 1555, os seus colonos 
abrigaram-se na ilha de Serigipe 
(atual ilha de Villegagnon), levantando 
uma fortificação que recebeu o nome de 
forte Coligny












Essa posição foi varrida em Março de 
1560 pela frota do governador-geral 
Mem de Sá (1558-1572), armada para 
esse fim.
Os sobreviventes franceses, cerca de 
vinte indivíduos, internaram-se nas matas 
em terra firme, procurando abrigo entre 
os aldeamentos indígenas aliados. Com
os navios avariados e sem homens 
suficientes, Mem de Sá não dispunha de 
recursos para o início de um 
estabelecimento português na baía da 
Guanabara, retirando-se a 3 de abril 
para Salvador, na capitania da Bahia.











Por essa razão, a presença francesa 
sobreviveu informalmente na Guanabara,
vindo a ser erradicada apenas com a 
expedição de Estácio de Sá (1565-1567), 
que fundou a cidade do Rio de Janeiro 
(1 de março de 1565) e culminou com a 
devastação dos aldeamentos paliçados 
de Uruçumirim (na praia da Carioca, 
altura da atual rua Praia do Flamengo) 
e de Paranapuai (ilha do Governador 
Martim de Sá, atual ilha do Governador), 
em fins de Janeiro de 1567.
Uruçumirim, considerado como um 
entrincheiramento, tratava-se de 
importante aldeamento dos Tupinambás,
defendido ao modo indígena, isto é, 
cercado por uma forte paliçada
BARRETTO (1958) dá-o como uma 
bateriaerguida no outeiro da Glória 
entre 1555-1567 e complementa com 
data da sua conquista pelas forças 
portuguesas, 20 de janeiro de 1567
ocasião em que Estácio de Sá 
(1510-1567) foi ferido por uma flecha no 
olho, vindo a falecer um mês após, a 
20 de fevereiro (op. cit., p. 256). 
A decisiva batalha de Uruçumirim 
envolveu 12 000 combatentes, nela 
tendo perecido Aimberê, líder à época 
da confederação dos Tamoios 
(1555-1567), cuja cabeça (e de outros 
líderes indígenas), 
foi cortada e exibida em estacas. 
O padre jesuíta José de Anchieta 













(1534-1597), cronista 
da campanha, 
reportou o seu saldo à época: 
"160 aldeias incendiadas, passado tudo 
fio de espada".

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário