quarta-feira, 25 de maio de 2011

Votos do RJ para aprovacao do Codigo Florestal

Adrian PMDB Sim
Alessandro Molon PT Não
Alexandre Santos PMDB Sim
Alfredo Sirkis PV PvPps Não
Andreia Zito PSDB Sim
Anthony Garotinho PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Sim
Arolde de Oliveira DEM Sim
Aureo PRTB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Sim
Benedita da Silva PT Sim
Brizola Neto PDT Não
Chico Alencar PSOL Não
Chico D`Angelo PT Não
Cristiano PTdoB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Sim
Deley PSC Não
Dr. Adilson Soares PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Sim
Dr. Aluizio PV PvPps Não
Dr.Carlos Alberto PMN Sim
Dr. Paulo César PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Não
Edson Ezequiel PMDB Sim
Edson Santos PT Sim
Eduardo Cunha PMDB Sim
Eliane Rolim PT Sim
Felipe Bornier PHS PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Sim
Fernando Jordão PMDB Sim
Filipe Pereira PSC Sim
Francisco Floriano PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Sim
Glauber Braga PSB PsbPtbPcdob Não
Hugo Leal PSC Sim
Jair Bolsonaro PP Sim
Jandira Feghali PCdoB PsbPtbPcdob Sim
Liliam Sá PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Não
Marcelo Matos PDT Sim
Miro Teixeira PDT Não
Neilton Mulim PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Sim
Nelson Bornier PMDB Sim
Otavio Leite PSDB Sim
Rodrigo Maia DEM Sim
Romário PSB PsbPtbPcdob Sim
Simão Sessim PP Sim
Solange Almeida PMDB Sim
Stepan Nercessian PPS PvPps Sim
Vitor Paulo PRB PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Sim
Walney Rocha PTB PsbPtbPcdob Sim
Washington Reis PMDB Sim
Zoinho PR PrPrbPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl Sim
Total Rio de Janeiro: 45

terça-feira, 24 de maio de 2011

Contra a votação hoje do Código Florestal


Contra a votação hoje do Código Florestal

Rui Daher
De São Paulo
Quando a coluna estava sendo escrita ainda não era certo o substitutivo que modifica a legislação atual ser votado nesta terça-feira (24). O ato dependia de um acordo no Congresso entre os partidos da base aliada. Melhor: entre governo e parlamentares que representam os grandes proprietários de terras.
Na concepção dos últimos, a proposta do relator Aldo Rebelo (PCdoB - SP) já estaria aprovada há muito tempo, as infrações cometidas no passado anistiadas e o retrocesso nas salvaguardas à preservação ambiental legalizado.
Eles e seus cúmplices nas associações de classe pouco se importaram com os estudos feitos pelas Academia Brasileira de Ciências (ABC) e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que nem mesmo se pretendiam conclusivos, mas indicavam a necessidade de mais pensar antes de se abrir nossos biomas e biodiversidade para novas décadas de devastação.
No regime democrático a instituição de um Poder Legislativo livre é um bem em si. Mesmo quando, como aqui, abriga um espesso caldo de corrupção e fisiologismo, o que faz mais clara a nossa incapacidade de construir uma base social e política capaz de sustentar a promessa tão próxima de exuberância econômica.
Atenção. Não é verdade que para atender a demanda crescente por alimento, fibra, energia, será necessário ampliar a área de plantio além dos limites impostos pelas atuais leis ambientais. Contas como essas são feitas com a matemática de interesses particulares, quando não para enganar trouxas.
Há largos espaços para evoluir na área plantada e na produtividade com aplicação de tecnologias ajustadas às boas práticas de manejo. A EMBRAPA sabe disso.
Também não é verdade, como quer o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que o Código precisa ser votado até 12 de junho para que milhares de produtores rurais não passem a produzir na ilegalidade. Ninguém melhor do que ele para saber quantas prorrogações já foram concedidas pelo governo para multas, interdições, proibições e, claro, dívidas.
A Lei de Crimes Ambientais está em vigor desde 1999 e concede 30 anos de prazo para uma propriedade recuperar o que devastou.
Anistiar desmatamento feito ao abrigo de leis vigentes no passado não é diferente de justificar crimes cometidos no período da Inquisição, apesar destes contarem com a complacência até de santos papas.
Ironicamente, hoje estamos diante de mais uma prova de que abrigado por leis frouxas o interesse financeiro imediato falará mais alto do que a aposta no futuro ambiental. Bastou serem afastados os sintomas da queda nos preços das commodities para que, capitalizados, os grandes proprietários de terra ganhassem fôlego para aumentar em quase 30% o desmatamento na Amazônia Legal.
Dizer que o fato pode estar relacionado à proximidade da anistia trazida pelo novo Código não é mais absurdo do que relacioná-lo à ineficácia do IBAMA, como o fez Aldo Rebelo. Se tudo, professor, pode ser resumido a uma questão de repressão por que afrouxar uma legislação que nem mesmo foi capaz de minimizar o passivo ambiental de hoje?
Se, no entanto, não basta a racionalidade da argumentação daqueles que pedem estudos mais conclusivos antes de se reformular o Código Florestal, a coluna apela para a música e a poesia de Antônio Carlos Jobim (1927 - 1994), e pergunta:
De onde iremos tirar "promessa de vida" para nossos corações? Como faremos para "adivinhar a primavera" sem "o tico-tico que mora ao lado e passeia no molhado"? E do que se alimentarão os "vastos rios de águas calmas sem os riachinhos de água esperta"?

LAGO DE SERRA DA MESA: MAIOR DESASTRE AMBIENTAL JÁ OCORRIDO NO BRASIL

LAGO DE SERRA DA MESA: MAIOR DESASTRE AMBIENTAL JÁ OCORRIDO NO BRASIL
LAGO DE SERRA DA MESA /GOIAS - CONSTRUÍDO POR FURNAS -ESTÁ COM AS ÁGUAS/PEIXES CONTAMINADOS COM MERCÚRIO, SEGUNDO AFIMA O INSTITUTO SERRANO NEVES ( abaixo). ADEMAIS , EM FACE DA LENIENCIA/OMISSÃO DAS AUTORIDADES DE GOIAS/FEDERAIS, CERCA DE 4.000 MIL FAMÍLIAS DEIXARAM DE SER INDENIZADAS/REASSENTADAS, NUM CALOTE HISTÓRICO DE MAIS DE R$. 400 MILHOES DE REAIS. GOVERNO FEDERAL TEM CIENCIA DOS PREJUIZOS/CRIMES E ADOTA INÉRCIA COMO " AÇÃO". É DE NOVO O PAU NO RABO DOS POBRES. E QUEM DENUNCIA É PERSEGUIDO.

Em 1996 FURNAS encerrou os trabalhos de construção da usina hidrelétrica de serra da mesa /goias, POR furnas.

de acordo com a lei e eia/rima, estava a mesma com a obrigação - dentro dezenas de outras - de fazer a LIMPEZA E DESMATAMENTO de cerca de 40.000 mil hectares de mata ( dentre os 178.000 inundados).

contando com a inércia das autoridades de goias /federal, sobretudo do MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL , que deveriam - seus membros - ser incriminados por crime de prevaricação, FURNAS simplesmente " jogou água " sobre os 178.000 mil hectares, SEM DERRUBAR UMA ÚNICA ARVORE.

os técnicos, tendo em conta outros desastres ambientais em outras usinas, já haviam previsto que se tal DESMATAMENTO não fosse realizado , o LAGO correria um sério risco de ter suas águas e peixes contaminados, de forma irreversível, pelo processo de APODRECIMENTO DAS MADEIRAS/FOLHAS, ETC.

Resultado: passados 15 anos, o instituto serrano neves ( veja matéria abaixo e de sua autoria ), fez um estudo técnico/profissional e constatou que as ÁGUAS E PEIXES DE SERRA DA MESA ESTÃO CONTAMINADOS, DE FORMA IRREVERSÍVEL. 


Como as águas de Serra da Mesa " caem " no LAGO DE ANA BRAVA ( feito pela corrupta -TRACTEBEL), o certo que é questão de tempo a conaminação, também, do citado lago artificial ( ambos ficam em minaçu-go, e atingiram 11 muncípios).

chega a classificar, o INSTITUTO SERRANO NEVES, como o maior DESASTRE AMBIENTAL já ocorrido na história deste país.

ora, se as águas e peixes - do lago de Serra da mesa/goias, estão CONTAMINADOS de forma irreversível, como informar para as populações atingidas diretamente ( cerca de 5.000) que irão implementar projetos para criação de peixes, em larga escala? 


diz o engenheiro , do instituto serrano Neves, que a grande maioria dos peixes está contaminada COM MRCÚRIO, o que significa dizer que a sua ingestão poderá trazer - para o consumidor - sérios e irrerversíveis riscos á saúde.

mais uma vez o povo vem sendo enganado por essa gente inescrupulosa, que tem na mente apenas um objetivo: ganhar dinheiro ás expensas das populações atingidas.

digo isto, mesmo fugindo um pouco do assunto, por que, além de deixar as águas e peixes contaminados, FURNAS deixou cerca de 4.200 famílias sem indenização/reassentamento, fazendo uma economia de algo proximo aR$. 400.000.000,00.

Há cerca de 07 anos que venho fazendo essas denúncias , inclusive para PRESIDENCIA DA REPÚBLCA E MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIAa, porém, ambos adotaram a inércia como medida.

O que mais me preocupa ( em primeiro lugar está o ser human), ´saber que essas cerca de 4.000 famílias atingidas ( que perderam suas terras/posses, etc) não terã direito nada, a não ser ue haja UMA ITERVENÇÃO FEDERAL EM GOIAS ( e/ou na obra).


abaixo, matéria da lavra do instituto serrano neves, provando que as águas e peixes so lago de serra da mesa estão contaminadas, de forma irreversível.

MAS, antes de encerrar, vejam outros roubos/crimes, etc. COMETIDOS POR AUTORIDADES DE GOIAS .

atenciosamente,

Rio Branco-Ac, 24 de maio de 2011.

JULIO CAVALCANTE FORTES
OAB-ACRE 780 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Bomba Verde

Bomba Verde, Rio Branco RJ.


O desmatamento em grande escala da floresta Amazônia pode agravar ainda outros problemas de caráter local (pontual) como expropriação de terras, miséria, conflitos e perda da qualidade de vida da população.
Com a evidente emergência da questão ambiental, a região amazônica adquiriu relevância internacional, tanto pela sua biodiversidade, quanto pelo modelo de ocupação implantado na região nos últimos 35 anos, colocando em evidência a oposição entre destruição e conservação.
Para o bom andamento, planejamento e ação das Reservas Extrativistas - RESEX e áreas de uso direto em geral são necessárias que haja áreas de amortecimento ou tampão no entorno impedindo que impactos ambientais penetrem para o interior dessas Unidades de Conservação - UC As áreas de amortecimento servem para compatibilizar as atividades de uso do solo de acordo com objetivos e finalidades do interior. A área de amortecimento da Reserva Extrativista Chico Mendes -- RECM compreende os 10 km circundantes à sua área. É importante nesta perspectiva caracterizar ambientalmente o entorno da RECM, bem como os usos do solo. As atividades do entorno na área de amortecimento da RECM não está sendo compatível com as atividades no seu interior e que desta forma a legislação não esta sendo respeitada. Dessa forma o estudo do entorno da RECM ganha relevância, pois o sucesso das RESEX e em particular da RECM depende em grande parte do sucesso da conservação dessas áreas de amortecimento ou tampão.
Palavras Chave: Unidades de Conservação, Reservas Extrativistas.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

23 de Maio, Segunda-Feira, Acao em repudio a aprovacao do novo cod. florestal.

As discussões sobre as mudanças no Código Florestal esquentaram na última semana, data na qual, teoricamente, o novo modelo seria aprovado. Entre as principais modificações, o projeto prevê que as áreas de preservação permanente (APPs) poderão ser exploradas pela agricultura camponesa, as regiões no topo dos morros, importantes para os lençóis freáticos, deixarão de ser protegidas e que até 50% de mata virgem poderá ser derrubada. O atual código protege 80% da floresta e no ano passado o índice de desmatamento registrou recuo. Os dados do Ministério do Meio Ambiente mostram que, de agosto de 2010 a fevereiro de 2011, houve redução no desmatamento de 7,1% comparado ao mesmo período do ano passado.

O conselheiro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do estado de São Paulo, José Pedro de Oliveira, comenta que os índices são bons, mas ainda está longe do ideal e fala também das preocupações com a reforma. "Se o código for aprovado do jeito que está, o nível de desmatamento vai subir. As pessoas estão defendendo seus próprios interesses", diz. Pesquisador e Doutor em geografia, Ariovaldo Umbelino, lembra ainda que a proposta do governo Dilma tem como premissa o crescimento econômico. "Amazônia é uma floresta que quando você derruba ela não cresce de novo.

No entanto, o governo petista quer gerar emprego e isso não condiz com o código atual. O plano é de economia e isso significa que precisa ampliar o desmatamento", explica.

Os próximos passos em relação à votação ainda não têm prazo definido. Oliveira ressalta que a bancada ruralista, que defende a aprovação, é maioria e que as mudanças provavelmente serão aceitas. "Sensibilidade ambiental não faz parte da presidente Dilma e o que será aprovado trará resultados desastrosos", diz. Umbelino compartilha a mesma preocupação. "Quais são as chances de ter um código legal? Nenhuma. 

O Brasil continua, em pleno século XXI, com atitudes do período colonial e na lógica econômica do país não há como crescer e preservar a Amazônia ao mesmo tempo. Precisamos entender que é impossível manter o modo de vida que a sociedade de consumo criou para todo mundo. É possível para uma parcela pequena da população, mas quando essa parcela cresce começam a surgir os problemas", relata.

Medidas alternativas
O desmatamento na Amazônia, que pode aumentar com aprovação do novo código, entretanto, possui medidas alternativas para remediar os pontos negativos. Oliveira e Umbelino apontam que as reservas indígenas são a opção para manter a floresta preservada, mas que os tramites não são tão simples. "Hoje está cada vez mais difícil delimitar esses espaços. Mas, podemos observar que as áreas mais preservadas são as reservas. O governo Lula foi o que menos demarcou essas terras. A nossa sociedade separa os seres humanos da natureza", aponta Umbelino.

O processo de aprovação para marcar essas áreas pode levar anos. No último mês, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, assinou três portarias que homologam a delimitação de terras em reservas indígenas em Piaçaguera (São Paulo), Forquilha (Rio Grande do Sul) e em Mato Grosso do Sul, que trata-se de pendências de muitos anos. A demora tem motivo. Apesar dos pontos positivos, os trâmites passam por um longo processo, e nem todos são a favor.

Em abril passado, o senador Jayme Campos (DEM) disse na tribuna do Senado Federal estar “preocupado” com o "aumento exacerbado" na ampliação e criação de novas reservas indígenas em Mato Grosso. “Documento da Funai já fala em ampliação de mais 35 reservas indígenas. Meu Deus, onde nós vamos parar? O Mato Grosso vai acabar. E o mais grave é que são áreas altamente produtivas”, afirmou o democrata. Entre uma opinião e outra, o Brasil caminha sem saber qual é, de fato, a vontade da sociedade. E pior, sem expor os resultados positivos e negativos de cada atitude.
Por Nathália Carvalho
*O conselheiro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do estado de São Paulo, José Pedro de Oliveira, e o Pesquisador e Doutor em geografia, Ariovaldo Umbelino, falaram durante o encontro com profissionais e estudantes do curso “Descobrir a Amazônia, Descobrir-se Repórter” da Oboré.


O Código invisível

Notícia - 11 - mai - 2011
Ruralistas tratam Código Florestal com descaso ao querer votar um texto que ninguém conhece. É hora de Dilma aparecer com mais força nessa discussão.
Nesta quarta-feira, o dia começou cedo no Congresso. Às 9h da manhã, o plenário já estava cheio: foi quando teve início a sessão extraordinária na qual seria votada a proposta dos ruralistas para o Código Florestal. Deputados, jornalistas e sociedade civil estavam lá em peso, e os parlamentares começaram a subir, um a um, no palanque para discursar sobre o assunto. Só uma ausência chamou atenção: a do próprio projeto que seria votado. Ninguém ali tinha a mais vaga ideia do que estava escrito no texto final.
A cena fala por si só: pouco importa o que está escrito na proposta. Maioria na Câmara, a bancada ruralista arbitrariamente deu por encerrado o debate sobre o Código Florestal e tentou, mais uma vez, votar na marra a lei que vai definir o futuro do Brasil. Construída por seus pares e redigido pelo neoruralista deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a proposta original abre espaço para mais desmatamento e garante impunidade a quem cometeu crimes ambientais.
Olhando de longe, parece que todos os lados conseguiram um acordo. Mas basta chegar mais perto para ver que o assunto ainda gera infinitas perguntas e críticas de todos os lados. Inclusive do governo. Desde a semana passada, alguns braços direito da presidente Dilma Rousseff são vistos com frequência pelos corredores da Câmara. Os ministros Antônio Palocci, da Casa Civil, Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, e o vice-presidente Michel Temer entram e saem de reuniões tentando um consenso na proposta.
A ciência fez seu papel. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) entregaram aos parlamentares um extenso estudo que mostra como a produção agropecuária depende da preservação das florestas. A agricultura familiar também se posicionou, pedindo o fim do desmatamento e o tratamento diferenciado a eles.
Relator do projeto, Aldo Rebelo encontrou com cada um desses atores. Mas, ao que parece, as conversas entraram por um ouvido e saíram pelo outro. Ele reescreveu umas linhas na proposta, mas continuou recebendo uma saraivada de críticas: a anistia aos desmatadores e as brechas para mais destruição não saem das entrelinhas. A teimosia de Aldo fez com que o processo emperrasse uma série de vezes. Uma mostra clara de que essa discussão atropelada está para lá de imatura e que o país está sendo vítima de uma temeridade, com a Câmara aprovando de forma açodada uma mudança na legislação ambiental que pode trazer impactos negativos ao Brasil pelos próximos 1000 anos.
Muito mais que um emaranhado de artigos, parágrafos e letras, o Código Florestal diz respeito ao Brasil que queremos ser no futuro: uma nação que devastou seus recursos naturais em nome do lucro de poucos ou a primeira potência econômica e ambiental do planeta?
Nos últimos anos, demos alguns sinais de que podemos alcançar a segunda opção. O desmatamento na Amazônia teve uma queda jamais vista, e assumimos internacionalmente o compromisso de reduzir nossas emissões – que vêm principalmente da destruição das nossas florestas.
Caso o Código Florestal dos ruralistas seja aprovado e o desmatamento volte a subir, Dilma vai ter que se explicar não só para os brasileiros, mas para o mundo. Ela já percebeu isso, tanto que enviou seus ministros para acompanhar a discussão no Congresso. Mas não adiantou. É hora de a presidente desligar, de vez, a motosserra do Congresso e puxar o Brasil para um futuro verde, limpo e rico. Para nós mesmos e para as próximas gerações. 

99,7% dos prefeitos querem aprovar o Código Florestal. Sem negociação.

Da Folha Poder:

Reunidos em um hotel de Brasília, mais de 2.200 prefeitos de todo o Brasil demonstraram apoio ao texto do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) sobre o novo Código Florestal. Numa enquete informal durante um dos seminários da 14ª Marcha de Prefeitos, o presidente da CNM (Confederação Nacional de Municípios), Paulo Ziulkoski, perguntou quem apoiava a votação do código na forma do relatório formulado por Rebelo. Mais da metade do plenário levantou a mão. Depois, ao perguntar quem apoiava mudanças no relatório, como a Casa Civil e o Ministério do Meio Ambiente vêm tentando, apenas oito pessoas ergueram o braço. A votação do código estava prevista para a última terça-feira (3). Na falta de acordo, o governo interveio para adiar a votação. O texto pode ser votado hoje, mas o governo ainda avalia a conveniência de um novo adiamento. Entre os pontos acrescidos de última hora por Rebelo em seu relatório, consta a delegação de poderes para que as prefeituras autorizem os desmatamentos.





quarta-feira, 11 de maio de 2011

Instituicoes da morte

http://www.estrelabrasileira3.com.br/politica_deputado.html 


Pagamos 11 milhoes por minuto para manter deputados e 


senadores, sao os politicos mais caros do mundo! se o 


Congresso Nacional nao eh uma instituicao da morte, entao 


realmente esse termo foi fundamentado e utilizado por grandes 


teoricos para significar diversas instituicoes, por exemplo 


manicomios e prisoes, equivocadamente.






Algumas instituicoes da morte - 
















sábado, 7 de maio de 2011

Voina


Palavras chave: VOINA Artístas Detidos Rússia Repressão artística Violência na RússiaBansky Doa Posters Don't Panic
Written by Marlon Dolcy / 07 Jan 2011 / 1 Comentário
Voina - Colectivo artístico | Artistas ou Prisioneiros | Don't Panic online Revista
No passado mês de Dezembro, Bansky declarou que o lucro proveniente da venda dos seus posters seria doado ao Voina – Colectivo de Anarquistas Russos. Voina  é actualment conhecido por desenhar um caralho gigante numa ponte do outro lado da rua dos antigos escritórios da KGB e por instigarem um bacanal dentro de um museu (imagem acima). A Don’t Panic falou com o grupo (metade deles ainda a partir da prisão).
 Voina (ou Guerra) é um colectivo de artistas que desafia constantemente o governo Russo no que concerne algumas questões políticas relacionadas com atitudes governamentais pró-homofobia, racismo e totalitarismo. Fazem-no através de arte provocatória na Rússia.
Dois membros do Voina, Oleg Vorotnikov e Leonid Nikolayev estão detidos à mais de um mês na Prisão de São Petesburgo sob falsas alegações e aguardam julgamento sob acusações de vandalismo por uma intervenção passada.
 A Don’t Panic foi falar com eles mas os outros dois artistas Alex Plutser-Sarno e Natalia Sokol enviaram as suas declarações a partir de um apartamento secreto onde se escondem da polícia.  
DP - Podem se apresentar e falar-nos um pouco da estrutura por trás do vosso colectivo?
 Alex Plutser-Sarno:  Neste momento o centro da estrutura Voiuna é uma parede altamente impenetrável na prisão de St. Petesburgo, por trás das quais dois artistas, Oleg Vorotnikov e Leonid Nikolayev, desvanecem lentamente... Como devem calcular uma prisão russa é um inferno!
Ainda em fuga, Natalia Sokol continua a coordenar o grupo e eu continuo a fazer trabalhos de media, escrevo concepções e textos e as acções são publicadas no meu blog. Há outros activistas do grupo que fazem trabalho importante, mas os seus nomes serão mantidos em segredo, de outro modo a louca ala-direita do governo russo e as suas autoridades irão prendê-los.
Natalia Sokol: A base do grupo Voinsa e a sua estrutura está em completa sintonia com os direitos dos activistas e estamos abertos à entrada de novos activistas. O nosso colectivo é um grupo “artistico-punk-anarca”.
 DP - Qual é a filosofia intrínseca ao vosso colectivo?
 AP-S: Cada activista do grupo tem a sua filosofia. No aspecto político nós simpatizamos com os anarcas, com socialistas e em geral com todos os activistas da ala esquerda. Mas acima de tudo somos artistas – não somos políticos ou filósofos.
 Através da nossa arte e métodos artísticos destruimos as ideologias e simbolismos repressivos de outrora.
 Oleg Vorotnikov: Na Rússia criámos uma frente de ala esquerda artística e queremos reactivar a arte de protesto político.
 Leonid Nikolayev: O nosso colectivo artístico está a combater a reacção do obscurantismo sócio-político da ala direita. 
 
 DP - O que é para vocês a anarquia e como pode ela tornar a Rússia um melhor local para se viver?
 N.S.: Com todos os seus ideais utópicos a Anarquia é a única forma de poder honesta e destemida que pode existir.
 A.P-S: Exactamente! Respeito aos anarquistas
 Mas a Rússia não será um melhor local para se viver enquanto o petróleo e o dinheiro da gasolina estiver a entrar. Nos próximos anos será um local de pilhagem de recursos naturais comprometido por grupos de burocratas traidores e desonestos acompanhados de outros lobos vestidos de cordeiro.
 DP - Onde é que o Voina se situa nas tendências actuais da arte contemporânea e no contexto da ciência política e de direitos humanos?
 A.P-S: Acima de tudo a arte é... uma forma de pensar e ter a capacidade de olhar para este mundo louco a partir de um novo ponto de vista. Para não falar dos direitos humanos que são violados e crucificados por todo o mundo. Assim sendo continuaremos a espalhar a nossa mensagem.
 O.V.: Hoje em dia a linguagem artística é o único instrumento para entender o disparate xenófobo e caótico que nos rodeia. Através das nossas acções nós pintamos o retrato deste mundo louco. E claro, queremos fazer com que o mundo receba e entenda a nossa mensagem... nem que para isso fiquem chocados.
 Por exemplo, o nosso Fuck for the heir – Medved`s little Bear! na noite da eleição de Medvedev – foi o retrato da pré-eleição russa onde, metaforicamente, todos se fodem uns aos outros.
 L.N.: A linguagem da nossa arte é, de facto, capaz de resistir à onda da ala direita. Quando o nosso Caralho na ponte – com 65 metros de altura por 26 de largura com 4 toneladas – de Liteyniy rompeu pelas janelas dos escritórios do FSB-KGB as autoridades russas não tiveram resposta a não ser prenderem-nos sob acusações falsas.
Caralho capturado pela KGB – Um pénis gigante desenhado numa ponte em São Petesburgo do outro lado da rua dos escritórios do KGB 
DP - Podes caracterizar as ideias por detrás de algumas das vossas concepções?
 L .N.: O principal para o artista é ser honesto e não se comprometer. Na Rússia torturam pessoas e executam-nas – as prisões estão cheias de dissidentes. A xenofobia e a homofobia reinam. Uma nova sociedade esclavagista impera. Os polícias batem e matam pessoas. E cá estamos nós a aguentar a pressão e em acção com o Palace Revolution virando carros da polícia de rodas para o ar. Essa foi a nossa reforma artística do Ministro dos Assuntos Internos.
 
Palace Revolution, após a qual Oleg e Leonid foram detidos
 O.V.: Ou por exemplo, no Dia da Cidade de Moscovo, o colectivo Voina entrou no maior supermercado da cidade, Auchan, e como forma de protesto simulou o enforcamento de 3 trabalhadores asiáticos, 1 judeu e 1 homossexual. A intervenção foi um presente para o corrupto Mayor de Moscovo que pretende uma política de misantropia e violação dos direitos humanos. Realizámos esta intervenção em honra e comemoração dos 5 Revolucionários Russos enforcados em 1826.
 Daí o facto da intervenção ser intítulada “Comemoração dos Dezembristas”. Queríamos que os Russos recordassem os ideais de liberdade que moveram os primeiros revolucionários do país. 
Comemoração dos Dezembristas – Um presente para Yuri Luzhkov
 A.P-S: Quando o o curador Andrei Yerofeyev foi acusado de fomentar o ódio religioso e étnico, de insultar a dignidade humana ao organizar uma exposição e foi levado a tribunal, o colectivo Voina entrou pelo tribunal interpretando um novo tema All Cops are Bastards do álbum Fuck the Police Those Motherfucking Bosses. A ideia era simples, uma intervenção honesta e descomprometida. 
DP - O que pensas de um comentário acerca do activismo ou arte radical na Rússia?
N.S.: Arte contemporânea é acima de tudo, para nós, uma arte de activismo e não a arte de “treta” guardada nas galerias. Hoje em dia o activismo é a única forma de arte de esquerda, que é o que queremos re-activar na Rússia. É importante perceber que não há arte radical na Rússia a não ser a que está representada por uma dúzia de artistas.
 A.P-S: Arte-anarco-activista é a única actividade artística viva na Rússia. Hoje em dia, quando a esperança pela chegada da democracia à Rússia está arruinada, desenhar flores e gatinhos ou outro tipo de arte puritana sem qualquer tipo de mensagem socio-política é estar a apoiar a ala de direita.
 Está claro que o símbolo do anarcismo – tíbias e caveira – tem que ser pintado no prédio do parlamento Russo. Foi o que fizémos. A nossa projecção laser com quase 50 metros de altura a cobrir quase toda Casa Branca de Moscovo.
 Storm of the White House em que foi projectada a marca anarquista no Parlamento Russo
 DP - Qual é a sensação de se ser preso por um polícia Anti-Extremista Russo?
 O.V.: Pode-se dizer sem qualquer hesitação que a retaliação da ala direita Russa está a fundo.
 L.N.: VOINA fez um teste ácido às autoridades e eles fraquejaram.
  DP - De que são acusados Oleg Vorotnikov e Leonid Nikolayev?
 N.S.: Oleg Vorotnikov e Leonid Nikolayev foram presos ilegalmente. As pessoas que entraram pelos seus apartamentos não tinham mandato de captura. Tudo foi feito ao estilo Estalinista de 1937.
 Depois os artistas foram algemados e levados com sacos de plástico na cabeça e levados no chão de um mini-bus numa viagem de 10 horas entre Moscovo e São Petesburgo.
 Os prisioneiros (artistas) foram então agredidos com cadeiras. Oleg Vorotnikov tem hematomas dentro e à volta da cabeça e rins. Estes acontecimentos estão registados pelos advogados dos direitos humanos, que visitaram os artistas presos na ala de isolamento duas semanas após a detenção. As nódoas negras e feridas foram tão intensas e graves que não desapareceram após as duas semanas de isolamento.
 A.P-S: Agora Olega e Leonid são acusados de “fomentar o ódio e repúdio junto de um grupo social” nomeadamente a polícia. Eu, enquanto artista principal do colectivo, sou acusado de organizar e liderar uma comunidade criminosa – o Voina, colectivo artístico. Esta acusação acarreta prisão de 12 a 20 anos.
 Ambos os meus avôs estiveram detidos em campos de concentração por 22 anos durante o regime de Estaline. Dúzias dos meus parentes morreram nos campos de concentração em Auschwitz e no Gueto de Varsóvia. Cumprir 20 anos de prisão por activismo artístico sob o regime de Putin é demais para a minha família.
 DP - O que é o Free Voina e o que podem as pessoas fazer para ajudar a libertar os dois artistas Oleg Vorotnikov e Leonid Nikolayev?
 N.S.: Free Voina é um grupo de artistas Russos independentes e honestos que começaram a desenvolver acções de apoio para Voina. Encetam acções de protesto e qualquer pessoa pode juntar-se ao site que criaram para apoiar a causa dos artistas oprimidos.
 A Don’t Panic está cá para ajudar este artistas! E tu?  

O diário dos acontecimentos pode ser seguido aqui:
 Para ajudar os Voina visita - http://en.free-voina.org/.